sábado, 24 de janeiro de 2009

Just night

Óh belas, e tão belas estrelas! Óh mar negro que as odeiam! Óh lua de mil e um encantos! Noites de verão, noites quentes e com aromas tropicais no ar. Sabes que com este teu brilho não resisto e acabarei correndo ao teu encontro, mesmo com tantas controvérsias. Meu medo de não lhe encontrar e acabar me perdendo acabou, e isto é um tanto quanto perigoso. Por que fazes isto comigo óh bela noite estrelada? Tanto me enche de respostas, quanto me carrega de perguntas. Minhas viagens são, na maioria das vezes, em sua companhia. Tu, e apenas tu, olha para mim enquanto choro, e chora comigo. E também quando estou sorrindo, me acompanha e sorri. Independente do que acontece, ou deixa de acontecer, você está lá. Nem sempre em sua mais bela beleza, nem sempre em seu mais exaltado humor, nem sempre em temperaturas agradáveis, mas sempre está lá. Será que algum dia irei encontrar alguém mais fiel que você, óh incomparável noite ?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Here comes de sun

Dias ensolarados começam a chegar a nossas vidas neste belo verão! E junto com eles, os sorrisos e literalmente a felicidade. Quando saio nas ruas, vejo que a melodia se espalha e contagia a todos. Deitada ao sol, na grama do parque, com boas musicas de fundo para completar aquele cenário feliz, algo me chama atenção. Aquele pequeno menino, com sua calça laranja um tanto quanto desbotada (aah ele deve adorar aquela calça), sua camiseta que não me recordo como era e um belo all star em seus pés. Sim sim, seu tênis chamou minha atenção. Todo aquele ar de ingenuidade e felicidade de criança com um certo tom “malandro’ daquele all star. Caminhava como se estivesse chutando pedrinhas, e como reclamava com sua mãe. Seus olhos me pareciam tão inocentes, como se nunca tivessem visto tudo o que há de errado ao seu redor. Seu cabelo estava todo bagunçado, e não há o que esperar de uma criança. Me encantei com todo aquele contexto que me envolvia. Até ficaria aqui descrevendo o que eu via naquele garoto, e minhas opiniões de como ele é e age, mas não irei tão longe. Devo comentar sobre toda a felicidade que aquele pequeno trazia e deixava transparecer. E acabo caindo na pergunta, por que nós também não deixamos ser tão felizes e transparentes quanto as crianças?

sábado, 10 de janeiro de 2009

Yesterday

Escute esta melodia, carros buzinando, sirenes soando, cachorros latindo e no meio de tudo isso uma criança chorando. Imagine você sendo essa criança. E todos passam por aquela criança, e mais sapatos para fazer “tac tac tac”. Chove, e a melodia por sua vez, começa a ganhar tons graves e um tanto quanto desesperados. Enquanto isso lagrimas caem de seu olho não tão involuntariamente assim, e seus olhos apenas contemplam aquelas cenas. Tiros são disparados próximos a você, e com eles os gritos. Uma dor aguda estende-se pelo seu abdômen, e o sangue toma conta daquele chão molhado. Você está morrendo lentamente e simplesmente ninguém lhe ajuda. Mas sua dor maior nem é na ferida e sim em seu interior, que já estava morto há algum tempo. Ontem você poderia ter ido ao parque brincar com os pássaros, mas preferiu sentar e chorar.