segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Uma ponta de desespero

Tudo gira ao meu redor, eu também estou girando, todos estão girando.
Agora eu parei e me sinto sufocada, olho para o alto e vejo o buraco se fechando, ou talvez eu esteja descendo cada vez mais ?
Espíritos rodeiam em torno de mim, querem minha alma, pra que? Não vejo coisas tão mágicas em mim que possam ser disputadas e realmente levadas. O que vejo então?
Será que você já viu o que estou vendo? Ou na verdade eu não estou vendo nada, e tudo isso é fruto da minha imaginação?
Eu sei o que realmente querem de mim, não não .... não conseguem disfarçar a sua cobiça pelo sofrimento alheio . E eu começo a sentar-me e deixar o tempo passar para ver se esses urubus já sumiram, mas cada vez que eu levanto, eles tiram um pedaço de mim. Tenho medo que no final não saia inteira de tudo isso. Estou aqui, sentada, na verdade encolhida para que não me vejam, não pisem em cima de mim, me deixem em paz, mas eles gritam, gritam tanto que meus ouvidos não agüentam mais de tanta dor. Já não bastassem os gritos, são agressivos. Eu sei que eles querem me achar de qualquer jeito. O que será de mim quando me acharem? E se não me acharem, passarei a vida inteira escondida aqui ?
Duvidas, minhas queridas companhias de tantos anos e que não me abandonarão tão cedo se é que irão me abandonar algum dia, estou achando respostas para vocês casarem e seguirem seu rumo, até se perderem novamente e alguma outra pessoa acha-las e as juntar mais uma vez, enquanto as que ficam solteiras, neste momento de solidão profunda de minha parte, abraço vocês de forma desesperadora, e tentando achar um bocado de aconchego em seus abraços.

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